ENTREVISTA COM O MESTRE RAPHAEL SOUZA 7º GRAU
Entrevista com o mestre Raphael Souza
Ruy Erize, Mestre Raphael, José Maria
O Instituto Erize de Artes Marciais retoma as aulas de Jiu Jitsu brasileiro e japonês (tradicional ou old school) diariamente em seu Dojo.
Estamos filiados à liga brasileira de Jiu Jitsu profissional – LBJJP com sede na cidade de coração de Jesus-MG, sendo orientados pelo presidente da federação mestre Raphael Souza, vermelha e preta 7º grau.
Objetivos da LBJJP é a valorização do Jiu Jitsu e seus precursores originais no Brasil. Qualificar os praticantes em sua complexidade, histórica e filosófica.
livro do Mestre Raphael
O mestre Raphael é escritor com várias publicações. A recente publicação foi o livro “O mestre, pedagogia e filosofia do Jiu Jitsu, um chamado ao debate”, muito interessante para quem é praticante de Jiu Jitsu e amante das artes marciais.
O mestre Raphael nos concedeu uma entrevista:
Instituto Erize Artes Marciais (IEAM): Quando o senhor iniciou nas artes marciais e com qual estilo?
Mestre Raphael: Eu sou muito ruim de datas, mas, eu adorava ver os filmes de Kung Fú com David Carradine, no entanto, comecei praticando capoeira, e na época era a capoeira raiz, muito violenta e com viés espiritual muito forte, apesar de gostar me dava medo. Depois passei pelo Karatê, taekwondo, judô e por fim meu irmão mais velhos me levou para o Jiu-Jítsu para aprender com o grande professor Hildebrando no Parque Anchieta, na AEPA-RJ.
IEAM: Com quais objetivos que te fez iniciar nas artes marciais?
Mestre Raphael: Eu era muito ativo sempre procurando adrenalina.
foto de Jiu Jitsu antigo fonte – https://br.pinterest.com/pin/399413060710006756/
IEAM: Eu li um artigo do bjjfanatics.com.br que diz “o jiu-jitsu old school nunca será ultrapassado”, porque todos os estilos modernos partem dessa base.O senhor concorda? E o que o senhor acha da nova geração?
Mestre Raphael: Eu não tive acesso ao artigo, mas, a nova geração não conhece o Jiu-Jítsu na sua plenitude e confundem Jiu-Jítsu de solo com defesa pessoal, ou seja, a nova geração conhece o bjj que o jiu-jítsu esportivo de solo.
IEAM: Qual a sua opinião sobre as aulas online, os “professores youtube”?
Mestre Raphael: Jiu-Jítsu é como o evangelismo é pessoal. Sem a experiência pessoal com o professor você é apenas um lutador de kimono.
IEAM: No seu ponto de vista, você acha que tem que manter as nomenclaturas das técnicas em japonês ou usar os jargões brasileiros?
Mestre Raphael: Se quiser ter uma arte marcial tradicional ela não deve se distanciar da sua essência e tradição e filosofia isso inclui a nomenclatura.
IEAM: O senhor acha que os Dojos brasileiros estão perdendo o objetivo primordial do jiu Jitsu original, a marcialidade?
Mestre Raphael: Já perdeu há muito tempo. Normalmente uma arte marcial se torna esportiva, ela perde sua essência por diversas situações, desde as regras, limitações de golpes e o tipo de oponente que não no caso do esporte não há a intenção de matar. A arte marcial tem o objetivo letal para autodefesa e ataque.
Obrigado mestre por compartilhar seu conhecimento. Mostrando a sua perspectiva do Jiu Jitsu brasileiro atual.
José Maria (Bulldoguinho), Ruy Erize (Bulldogão)
Quem quiser conhecer sobre o Jiu Jitsu Brasileiro da família Souza, e filiar a Liga Brasileira de Jiu Jitsu Profissional em Montes Claros, tem aulas no Instituto Erize de Artes Marciais e na academia Body Fitness com o professor José Maria ( Bulldoghinho).
Quem sou eu? Meu nome é Ruysdael Crise Pereira Soares, mais conhecido como Ruy Erize. Sou fundador e CEO do Instituto Erize de Artes Marciais desde 1993. Shidoshi ho da Bujinkan Budo Tai Jutsu. Instrutor de Jeet Kune Do. Instrutor de Luta Livre. Faixa preta de Jiu Jitsu Brasileiro. Sou instrutor de defesa pessoal no curso de vigilante armado, na FORTSEG. Sou formado em educação física. Concluí em 2020 pós-graduação em Treinamento em Artes Marciais Mistas – MMA.
